Um importante legado para toda uma região
HISTÓRIA
O Monte de Rio Frio, construído durante a segunda metade do século XIX no espaço rural da Herdade, foi concebido e construído como um grande centro auto-suficiente de apoio às atividades agrícolas e a todo o processo ligado á vinificação das uvas que provinham da então considerada a “maior vinha contínua do mundo”.
Localizado junto às vinhas que o justificaram e lhe servem agora de enquadramento paisagístico, na proximidade dos acessos rodoviários e na confluência de duas ribeiras que permitiram então a sua utilização para o transporte de barcaça dos vinhos para Alcochete, encontrava-se organizado em grandes espaços com diferentes usos funções dispostos de forma regular de modo a facilitar e satisfazer todas as necessidades da exploração agrícola: residências de trabalhadores permanentes e sazonais; escola; hospital; igreja; posto da GNR; moagem; fornos de pão; cerâmica; forja e serralharia; carpintaria; vacaria; fábrica de arroz; central elétrica, lagares; adegas; destilaria; armazéns e cais de embarque do vinho por via fluvial.
Na sua construção foram utilizados os mais diversos materiais obtidos ou produzidos localmente como os “tijolos de adobe”; tijolos e telhas de cerâmica fabricados na própria unidade existente no Monte; a cal; ou a madeira de pinho proveniente dos pinhais da Herdade e trabalhada na carpintaria existente


Foi, como o atestam ainda alguns dos equipamentos existentes, das primeiras explorações agrícolas do país a introduzir a energia elétrica e os mais completos e sofisticados equipamentos de vinificação e transformação agrícola.


A forte vivência agrícola e social foi perdendo fulgor ao longo da segunda metade do século passado, encontrando-se agora grande parte das suas instalações sem utilização e mesmo ruinadas.